terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Os Hebreus e sua história.


 

            Os Hebreus têm sua origem na Palestina, seu nome traduzido literalmente significa “o povo do outro lado do rio”, tradução que faz alusão ao Rio Eufrates.

A sua caminhada começa a partir do momento em que são libertados do Egito sob a liderança de Moisés, isso acontece no ano de 1350 a.C. onde eles terão um longo caminho a percorrer até atravessarem o Rio Eufrates e se fixarem na chamada “terra de Canaã”.

Suas famílias eram numerosas e na sua organização social as mulheres tinham como principal função criar os filhos e os homens administrar as tribos e conseguir o sustento para sua família.

Eles eram nômades e realizavam trabalhos pastoris se locomovendo para regiões mais férteis.

Após uma grande seca ocorrida no ano de 1750 a.C. os hebreus deixaram à Palestina e foram para o Egito onde passaram quatrocentos anos onde se tornaram escravos. Quando retornaram viram sua terra ocupada pelos Cananeus e posteriormente pelos Filisteus. Sob a liderança de Josué, lutaram para conquistar a tão sonhada terra. Tendo-a conquistada a dividiu em 12 tribos e a sua atividade passou a ser a agricultura, a criação de animais e o comércio.

Nesse período os seus governantes eram conhecidos como Juízes e tinham como função orientá-los política, militar e religiosamente. Entre os seus principais juízes temos Sansão, Gedeão e Samuel.

Começa então, como consequência das lutas e problemas sociais a necessidade de juntar o poder das tribos e centralizá-los num único comando dando início a Monarquia.

No ano de 1010 a.C. dá-se início a uma guerra liderada pelo seu primeiro rei hebreu, Saul. Os hebreus tentando conquistar a Palestina lutam contra os Filisteus, mas não tem êxito. Saul morre sem conquistar a terra sonhada pelo seu povo.

Como seu sucessor Davi se torna o novo rei e consegue derrotá-los fundando o primeiro estado Hebreu, tendo como capital Jerusalém. Davi reina entre os anos de 1006 a 966 a.C. levando o povo a prosperidade e ao expansionismo militar.

De 966 a 926 a.C. quem assume o trono é Salomão que diferente de seu pai Davi, conduz o povo de uma forma pacífica. Ele é conhecido como o mais sábios dos reis, seu reinado é marcado pela riqueza, que leva o reino a aumentar seus impostos empobrecendo cada vez mais o povo, gerando a insatisfação popular.

Ao morrer Salomão, o reino é dividido em dois: O Reino de Israel e o Reino de Judá.

Israel se localizava ao norte e era formado por dez tribos. Em 878 a. C. ocorre no reino de Israel uma disputa interna que tem como resultado a escolha de Omri como rei. O reino ainda adora a Javé como seu Deus, mas passa a ser politeísta e introduz a adoração a outros deuses.

O reino de Judá, ao sul, é dividido em duas tribos e tem como líder Reoboão, filho de Salomão.

Em 722 a.C. o reino de Israel por viver na idolatria provoca a ira de Deus que permite que os Assírios, liderados por Sargão II, invadam o reino e coloquem o povo no cativeiro.

Durante o período em que ficam no cativeiro o seu território é habitado por diversos povos colocados ali pelo rei Assírio. Deus castiga o povo através de Nabucodonosor que destrói Jerusalém e queima o Templo, levando os nobres amarrados para o cativeiro. O tempo de cativeiro dura até o reinado de Ciro, rei da Pérsia.

No ano de 536 a.C. Ciro permite que o povo retorne para a Palestina e reerga seu Templo. Após retornar do cativeiro em 322 a.C. a Palestina é invadida pelo exército de Alexandre da Macedônia e daí por diante o povo hebreu perde um pouco sua identidade e torna-se Protetorado Egípcio (301 a.C.), Colônia Assíria (198 a.C.) e Província romana (63 a.C.).

Ao se tornar Província Romana, os hebreus se revoltam, mas fracassam na luta e Jerusalém é conquistada pelo exército de Tito e há uma segunda destruição do Templo. Nos dias atuais do Templo destruído resta apenas um muro que ficou conhecido como “Muro das Lamentações”.

Em 136 d.C. os Hebreus sofrem a segunda Diáspora e são expulsos novamente da sua terra sendo dispersos pelo mundo e formando pequenas comunidades. Mesmo dispersos ficam reunidos pela sua religião, cultura e seus objetivos comuns.

No ano de 1948 d.C. enfim conseguem se constituir um estado independente através da intermediação da ONU (Organização das Nações Unidas) que funda o estado de Israel. Unificando-se novamente o povo hebreu continua ainda sem ter paz para viver no seu território, os povos que ali se fixaram após sua saída fazem oposição a sua presença e fazem conflitos para atrapalhar a sua permanência.

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